Três agricultores estão desaparecidos em área de conflito em Canutama no Amazonas
Três agricultores desapareceram em área de conflito rural em Canutama, município do Amazonas que faz divisa com Rondônia. O Grupo já havia denunciado ameças de morte.
As vítimas são diretores da Associação dos Produtores Rurais da Comunidade do Igarapé Arara, no município amazonense.
A cidade fica na divisa com Rondônia e a cerca de 50 quilômetros da capital rondoniense, Porto Velho.
Na última quinta-feira, Marinalva Silva de Souza, Flávio Lima de Souza e Jairo Feitoza Pereira saíram para fotografar e fazer levantamento da área para enviar ao Incra. Cerca de 300 famílias ocupam o local desde 2015.
Elas reivindicam a destinação de nove hectares da terra da União para a criação de assentamento para a reforma agrária. Uma empresa do ramo madeireiro afirma ter a posse das terras. A questão está na Justiça.
Após o sumiço dos agricultores, Maria Petronila, coordenadora da Comissão Pastoral da Terra em Rondônia, foi à comunidade do Arara. Ela relata que os trabalhadores rurais do assentamento acreditam que as lideranças foram vítimas de uma tocaia.
No dia primeiro de dezembro, Flávio – presidente da associação e um dos desaparecidos, procurou a Comissão Pastoral da Terra para relatar ameaças de funcionários da fazenda ao grupo de sem terra.
Marinalva Silva – vice-presidente da associação e também desaparecida, registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Humaitá, no final de novembro, após tratores destruírem as manilhas que facilitavam o o da comunidade.
De acordo com a coordenadora do T, as famílias estão revoltadas. Na terça-feira, o grupo fechou um trecho da BR 319 que liga Porto Velho a Humaitá, no Amazonas.
Eles pedem que a Justiça permita buscas dentro da fazenda.
A Polícia Civil do Estado do Amazonas informou que policiais estão em Canutama e uma equipe da perícia técnica de Rondônia também foi deslocada para colaborar nas diligências.
O Incra não retornou nosso contato.




