Detentos com emprego fixo poderão dormir fora do presídio de Aparecida de Goiânia
O Tribunal de Justiça de Goiás autorizou os presos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, com emprego fixo, a dormir fora da penitenciária pelos próximos dez dias.
A decisão desta quarta-feira (3) atende pedido do Ministério Público de Goiás e da Secretaria de Segurança Pública e istração Penitenciária do estado.
Após a decisão, a Defensoria Pública de Goiás solicitou o mesmo benefício aos apenados que fugiram da unidade prisional durante a rebelião na última segunda-feira (1º). O pedido ainda precisa do parecer do Ministério Público e o aval do juiz competente.
De acordo com o defensor público Rafael Starling, muitos detentos não retornaram à prisão por medo de serem assassinados.
O defensor Rafael Starling destaca que ainda não é possível garantir a integridade física dos apenados.
A medida da Defensoria foi discutida, nessa quarta-feira, durante reunião sobre a crise no sistema semiaberto de Aparecida de Goiânia com representantes de diversos órgãos do sistema de Justiça e do Executivo estadual.
Um dos pontos acordados pelo grupo é que a Superintendência Executiva de istração Penitenciária providencie espaço próprio para os presos do semiaberto que trabalham, separando esses detentos dos demais.
A Companhia de Saneamento de Goiás garantiu que o problema de falta de água no presídio será solucionado.
Ainda nesta quarta-feira, o governador de Goiás, Marconi Perillo, solicitou à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, uma reunião com todos os governadores do país e o ministro da Justiça, Torquato Jardim, para discutir medidas para a crise do sistema prisional brasileiro.
O governador também pediu outro encontro com a presidente do STF, desta vez com a presença dos chefes dos três Poderes em Goiás.
Na última segunda-feira, a rebelião na unidade em Aparecida de Goiânia resultou na morte de nove presos e 99 fugas. Até o momento, mais de 80 presos estão foragidos.





