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Esquema de compra superfaturada de pães para presídios do Rio causou prejuízo de R$ 20 milhões

Operação Pão Nosso
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Lígia Souto
13/03/2018 - 23:03
Rio de Janeiro

O delegado Marcelo Martins, atual diretor-geral de Polícia Especializada, e o ex-secretário de istração Penitenciária coronel César Rubens Monteiro de Carvalho foram presos nesta terça-feira (13), em mais um desdobramento da Lava Jato no Rio.

 

A operação, batizada de Pão Nosso, investigou o desvio de recursos públicos e superfaturamento em contratos firmados pela Seap, Secretaria Estadual de istração Penitenciária, com empresas do ramo alimentício. O objetivo da operação é cumprir 16 mandados de prisão e 28 mandados de busca e apreensão.

 

O Ministério Público Federal estima que o esquema de fraude tenha causado um prejuízo de mais de R$ 20 milhões aos cofres públicos e que o empresário Felipe Paiva, dono da empresa contratada para executar o projeto Pão Escola, da Seap, teria lavado mais de R$ 73 milhões.


O esquema descoberto mostrou que os contribuintes pagavam duas vezes pelo pão fornecido aos presos: na compra dos ingredientes e pelos pães prontos. O promotor de justiça Sílvio Ferreira de Carvalho Neto, explicou que valor dos alimentos subiam à medida em que os contratos eram renovados.

 

Segundo o procurador do MPF Eduardo El Hage, o ex-governador do Rio, Sério Cabral, também teria se beneficiado com parte do dinheiro movimentado pelo esquema. Ainda de acordo com o procurador, Sérgio Cabral será novamente denunciado pela participação no esquema.

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