O que restou do viaduto do Eixão Sul após o desabamento de parte da estrutura, há um mês, deve ser totalmente demolido. Esta é a recomendação feita pelos especialistas da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília, divulgada nesta quarta-feira, após análises em amostras da estrutura.
O Professor de Engenharia Civil da instituição, Marcos Honorato, explica como foi feito o estudo.
O viaduto do Eixão Sul possui oito placas de pavimento, chamadas lajes, sete piliares e duas cortinas, que são as partes que unem a estrutura ao resto da via. Ao todo, são 194 metros de viaduto, que os especialistas recomendam demolir.
O estudo apontou, ainda, que as causas da queda parcial da estrutura são infiltração e desgaste do aço, que faz parte dos cabos de sustentação. Fissuras de até um centímetro de largura foram encontradas e muita água infiltrada, fruto de 58 anos sem manutenção. É o que disse a professora aposentada de engenheira civil da UnB, Eliane de Castro, que fez parte do grupo de análise.
As análises levaram em conta a metodologia desenvolvida, nos anos 90, pela professora. Ela explica que cada parte, e o todo, de uma edificação podem ser classificados em notas que vão de zero a cem. O viaduto inteiro da galeria dos estados obteve nota 240, e a engenheira fez questão de dzer, que por isso, a situação é considerada muito, muito crítica.
Na última semana, o GDF divulgou que o grupo de trabalho montado pelo governo entrou em consenso quanto à reforma do viaduto, sem precisar de demolição total. O professor Marcos Honorato, que integra a comissão montada pelo governo, nega a informação.
Os especialistas argumentam que a decisão sobre o que fazer cabe ao GDF, que pode optar por outras saídas, desde que faça o mesmo que a universidade: um estudo técnico aprofundado. Marcos Honorato explicou que a recomendação leva em conta a segurança à população e a sensação de segurança que as pessoas devem ter, ao ar pelo viaduto.





