O número de casos de malária em Roraima praticamente duplicou no primeiro trimestre deste ano.
Enquanto de janeiro a dezembro do ano ado foram cerca de 14 mil notificações, só no primeiro trimestre de 2018 foram confirmados 5.750 casos de malária, sendo 2.040 importados de outras unidades federativas ou de outros países. Sete pessoas morreram neste primeiro trimestre.
Os venezuelanos e os indígenas venezuelanos estão entre os principais contaminados pela malária.
A diretora do departamento de vigilância epidemiológica de Roraima, Luciana Grisotto, fala sobre as ações adotadas pelo governo em caráter emergencial.
Esta semana, agentes de endemias, secretários municipais, profissionais da atenção básica, microscopistas e bioquímicos aram por treinamento sobre malária em Boa Vista. A população está sendo orientada a fazer exames laboratoriais, caso haja suspeita de contaminação.
O grande desafio é o diagnóstico precoce, já que não existe vacina, mas há tratamento para a doença. O combate ao mosquito transmissor da malária também é outra medida necessária. A ocupação desordenada em área urbana facilita o contato da população com as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles, os vetores da doença.
A malária é uma doença infecciosa, causada por protozoários parasitários. Os sintomas mais comuns são febre, fadiga, vômitos e dores de cabeça. Em casos graves, a doença pode levar a icterícia, convulsões, coma ou morte.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, OPAS, no ano ado, o número de infecções na Amazônia chegou a quase 175 mil, um aumento de 48% em relação ao ano anterior. Além do Brasil, Equador, México, Nicarágua e Venezuela notificaram uma elevação do número de infecções. Os países foram orientados pela OPAS a reforçar as ações preventivas.





