O domingo (20) foi marcado pelo frio em São Paulo. A proximidade do inverno traz preocupação com moradores de rua e vítimas do edíficio que desmoronou no centro da capital paulista.
Depois da frente fria que trouxe ventos fortes e tempestade, a temperatura despencou em São Paulo.
No domingo, os termômetros chegaram a marcar 9 graus Celsius (ºC) durante a madrugada, mas com o vento forte a sensação térmica era de apenas 5ºC.
E nessa hora cresce a preocupação com as pessoas que vivem nas ruas. Segundo o último censo, feito em 2015, cerca de 16 mil pessoas vivem nas ruas de São Paulo.
Desde o dia 1º de maio, quando o Edifício Wilton Paes de Almeida desmoronou, mais 40 famílias também aram a viver nessa situação. São as vítimas que estão em barracas montadas no Largo do Paissandu, no centro da cidade.
Desde o desastre, foi a noite mais fria que as famílias enfrentaram. Tatiana Silva conta que foi difícil.
“Muito, muito frio de verdade. Ainda aqui choveu. Molhou todas as cobertas e colchões e tudo. Foi muito frio.”
Mantas e cobertores foram estendidos nas grades instaladas pela prefeitura, na área onde ficam as barracas.
Algumas famílias já estão recebendo auxílio aluguel de R$ 400 por mês, mas permanecem na praça porque não conseguem encontrar imóveis para alugar por esse valor.
Elas também se recusam a ir para abrigos porque tem receio de que as famílias tenham que ficar separadas.
As pessoas pedem a doação de barracas e cobertores. Simone Quirino diz que mesmo com o frio não vai deixar o lugar.
“Nós estamos esperando a resposta do governo, das autoridades, da prefeitura, de todo mundo.”
Segundo a prefeitura, 85 crianças estão vivendo na praça, entre elas, duas recém-nascidas.




