O líder do MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Guilherme Boulos, esteve nessa quinta-feira (7) na sede da Polícia Federal de São Paulo para depor no inquérito que investiga a ocupação do triplex no Guarujá.
No dia 16 de abril, pouco mais de uma semana depois da prisão do ex-presidente Lula, o imóvel foi ocupado por integrantes do MTST.
Guilherme Boulos foi convocado para depor, apesar de afirmar que não participou da ocupação. Segundo ele, foi a chance de esclarecer que a ação do MTST foi um ato político.
A cobertura do edifício Solaris foi peça central no processo da Lava Jato que resultou na prisão de Lula. Segundo a sentença, as reformas do imóvel foram concedidas ao ex-presidente como contrapartida a favorecimentos da construtora OAS em contratos com a Petrobrás.
O ex-presidente não pediu a reintegração de posse do imóvel, mesmo assim, o MTST deixou o lugar três horas depois sob o acompanhamento das polícias civil e militar.
Durante o ato, Boulos chegou a afirmar que se o apartamento fosse de Lula, os manifestantes poderiam permanecer nele.
O depoimento dessa quinta-feira (7) foi acompanhado por cerca de 50 manifestantes do MTST, que se concentraram em frente ao prédio da Polícia Federal. Políticos do PSOL, como os deputados Ivan Valente e Luiza Erundina também estiveram presentes.
Boulos, que também é pré-candidato à presidência da república pelo PSOL, disse que a convocação para depor foi feita para intimidar os movimentos sociais.





