Sessenta e dois mil brasileiros morreram de forma violenta em 2016, segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Metade dessas mortes se concentraram em 123 municípios, o que inclui todas as capitais e várias cidades do Rio de Janeiro e também da Bahia.
Em comparação com 2015, quando 109 municípios respondiam por metade das mortes violentas no país, percebeu-se um aumento no número de municípios que respondem por essa fatia.
O aumento, segundo o relatório, é reflexo da propagação do crime para cidades menores, fenômeno que se vem observando no Brasil desde os anos 2000.
Os três municípios brasileiros mais pacíficos, de acordo com o Atlas são: Brusque e Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, e Atibaia, em São Paulo. Já os três mais violentos são: Eunápolis e Simões Filho, na Bahia, e Queimados, no Rio de Janeiro.
Quanto às capitais, o documento revela que as três com maiores taxas de morte violenta são Belém (PA), Aracaju (SE) e Natal (RN). As três com as menores taxas são a capital Paulista, Florianópolis (SC) e Vitória (ES).
O pesquisador do IPEA – Daniel Cerqueira revela que existe um abismo nas condições de desenvolvimento entre os municípios com os melhores e os piores índices.
O coordenador da pesquisa diz ainda que essa violência desmedida traz prejuízos econômicos ao Brasil.
O mapa da violência mostra ainda que 10.200 mortes violentas não tiveram a causa esclarecida. E que essa violência desmedida, além das perdas humanas, também custam cerca de 5,9% do Produto Interno Brasileiro (PIB), que é a soma das riquezas produzidas pelo país, a cada ano.
O mapeamento levou em conta dados de 309 municípios com população superior a 100 mil residentes, com base nos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.
* Matéria atualizada às 14h55 do dia 15/06/2018





