Em apenas seis meses, cerca de 100 milhões de árvores foram derrubadas na Bacia do Rio Xingu. A estimativa consta em um estudo recém-divulgado pelo Instituto Socioambiental (ISA).
O levantamento foi feito por meio do sistema de monitoramento da Plataforma Rede Xingu +.
Os pesquisadores verificaram novas áreas de expansão agropecuária, grilagem de terras, retirada ilegal de madeira e a expansão do garimpo. Essas atividades teriam provocado a derrubada de 70 mil hectares de floresta no Pará e em Mato Grosso.
Do total desmatado no último mês, mais de 7 mil hectares correspondem ao montante de floresta derrubada em áreas protegidas. Entre elas, terras indígenas e unidades de conservação.
Ricardo Abad, do Programa Xingu, diz que todos os dados serão encaminhados para autoridades públicas e movimentos sociais que atuam na região.
“A gente encaminha denúncias, a gente tenta fazer contato com as pessoas mais afetadas por esse desmatamento e tenta conscientizar que eles também precisam entrar nessa luta.”, afirmou Abad.
Em nota, o Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – afirma que atua de forma constante para coibir as infrações ambientais, especialmente em regiões como a Terra do Meio, Altamira e Novo Progresso, no Pará.
As equipes de fiscalização se revezam no eixo da BR-163, em ações realizadas durante todo o ano.
De acordo com o Ibama, para que a fiscalização surta efeito são necessárias mais políticas públicas de criação de alternativas de renda e desestímulo à prática de crimes ambientais.
O instituto considera que a ação dos governos estaduais seria fundamental, neste sentido.




