O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro enviou ofício ao Ministério da Justiça, se posicionando favoravelmente à participação da Polícia Federal nas investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco, do Psol, e de seu motorista, Anderson Gomes.
No documento, o órgão considera de extrema relevância a cooperação de quaisquer estruturas estatais de poder nas investigações.
O oficio foi elaborado pelo procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, que destacou o valor da colaboração da Polícia Federal para a elucidação do caso e esclareceu que o órgão está legalmente autorizado a atuar em episódios dessa natureza.
Gussem também explicou que de acordo com os termos do decreto de intervenção federal na Segurança Pública do Rio, a responsabilidade de solicitar a cooperação da Polícia Federal é do interventor, General Walter Braga Netto, a quem, neste momento, está subordinada a Polícia Civil, que segue à frente das investigações.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou em Salvador, que a Polícia Civil do Rio recusou a oferta para que a Polícia Federal assumisse a investigação das morte de Marielle e Anderson. Segundo o ministro, a Polícia Civil disse que a participação da Federal não era necessária e que eles “davam conta” de solucionar o caso.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram executados a tiros, no último dia 14 de março, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio de Janeiro. O crime completou 5 meses ainda sem solução, e as investigações seguem em sigilo.





