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Brasil deve ajudar Venezuela na erradicação da aftosa

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Juliana Cezar Nunes
06/09/2018 - 10:00
Brasília

Autoridades sanitárias brasileiras e venezuelanas se reuniram nessa quarta-feira (5), em Pacaraima (RR), para elaborar um termo de entendimento mútuo para a erradicação da febre aftosa.


Existem suspeitas de que o rebanho venezuelano possa estar prestes a apresentar um novo surto da doença.


A Venezuela é o único país da América Latina declarado “não livre” em toda a sua extensão territorial.


Em maio deste ano, o Brasil foi reconhecido livre de aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal.


Sílvio Botelho, médico veterinário da  Agência de Defesa Agropecuária de Roraima, afirma que o estado está a postos para oferecer assistência técnica para o país vizinho.


O objetivo é evitar que o rebanho roraimense, usado para consumo interno, seja contaminado.


“Defesa agropecuária você se adianta. Sai na frente, faz a prevenção, se possível entra no país. E esse é o objetivo do Brasil, dos setores, setor produtivo e setor público, tentar conter essa doença dentro da Venezuela. Assistência técnica, educação sanitária, capacitação, sorologia, apoio de laboratório. O que for necessário. A gente não pode medir esforços.”


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento acredita que apenas nesta quinta-feira (6) os termos do acordo de entendimento mútuo sobre febre aftosa estarão definidos.


As ações de combate à doença devem começar a partir da fronteira do Brasil em direção ao interior da Venezuela com vacinações sucessivas, inspeções clínicas e cadastro de propriedades.


A febre aftosa é uma doença viral que afeta principalmente vacas, porcos e cabras. Causa febre e aftas, principalmente na boca e pés dos animais afetados. Muitos deles acabam não resistindo à doença.

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