Vazamento de informações pode ter prejudicado operação contra milícia no Rio
Terminou com resultados abaixo do esperado a megaoperação integrada das forças de segurança contra a milícia Liga da Justiça, a maior do Rio de Janeiro. A suspeita das autoridades é que houve vazamento de informações.
A ação, deflagrada nesta quinta-feira, cumpriu apenas 27 dos 118 mandados de prisão emitidos pela Justiça. Os agentes apreenderam três fuzis e sete pistolas, carregadores, munições, rádios transmissores, R$ 28 mil em dinheiro, um carro e duas motocicletas.
Do total de presos, 21 foram alvos capturados durante a operação, cinco já estavam no sistema prisional e o outro é um policial militar, preso em flagrante, suspeito de ter vazado informações sobre a operação para alvos da milícia.
O PM, um suboficial lotado no Regimento de Polícia Montada, teria enviado um alerta por um aplicativo de mensagens para um grupo formado por milicianos. Também é investigada a autoria de outras mensagens no mesmo aplicativo, informando que batalhões do Exército tinham sido mobilizados para operações em áreas da zona oeste do Rio dominadas por milícias.
O principal alvo da operação, Wellington da Silva Braga, o Ecko, apontado como chefe da Liga da Justiça, não foi localizado. Também não foram detidos outros dois alvos importantes: Vagner da Silva e Aguimar Barbosa Gomes, que estão logo abaixo de Ecko, na hierarquia da quadrilha.
A maioria dos presos faz parte do baixo escalão do bando e atuavam principalmente na função de braço armado, praticando as extorsões e os atos de violência e ameaças contra desafetos e vítimas do esquema.
A operação envolveu quase 2 mil homens, sendo 1,7 mil das Forças Armadas e 200 da Polícia Civil, que tiveram o apoio de veículos blindados e helicoptéros.
Os agentes atuaram em 23 bairros das zonas oeste e norte da capital fluminense e em municípios da região metropolitana e da Baixada Fluminense.





