Ministério Público pede que Justiça suspenda licitação do novo autódromo no Rio
Mesmo com o pedido do Ministério Público Federal à Justiça para suspender liminarmente a licitação da prefeitura do Rio de Janeiro para a construção de um novo autódromo na zona oeste da cidade, o processo seguiu.
A prefeitura afirmou que não foi notificada oficialmente da ação.
Portanto, a única empresa que apresentou documentação para participar do certame, a empresa Rio Motors, foi anunciada como vencedora.
O MPF pede a suspensão até a apresentação e aprovação do Estudo Prévio de Impacto Ambiental pelo órgão licenciador e até que seja expedida licença prévia de viabilidade ambiental do novo autódromo.
O empreendimento deverá ser construído em um local conhecido como Floresta de Camboatá, em Deodoro, que pertence ao Exército Brasileiro.
Segundo o MPF, a área verde é único ponto remanescente de grande porte de Mata Atlântica em área plana na cidade. De acordo com o Ministério Público Federal, são aproximadamente 200 hectares, dos quais 114 cobertos por áreas naturais e regeneradas.
O Instituto de Pesquisas Jardim Botânico já catalogou na Floresta do Camboatá 125 espécies diferentes da flora nativa, incluindo ipês e jacarandás.
A licitação aberta pela prefeitura tem o objetivo de estabelecer uma parceria público-privada para concessão istrativa, implantação, operação e manutenção do autódromo na região de Deodoro. Segundo a prefeitura, todo o dinheiro investido será privado.
A construção do autódromo foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro, no início deste mês, ao um termo de cooperação com o governo do estado e a prefeitura do Rio de Janeiro. Ele negou, no entanto, ter participado da decisão de mudar o Grande Prêmio de Fórmula Um de São Paulo, onde acontece atualmente, em Interlagos, para capital fluminense.
*Com informações da Agência Brasil.





