Um sistema de monitoramento de biomas por satélite detectou que 95% dos desmatamentos de 2019 não têm autorização registrada nos sistemas federal e estaduais de licenciamento. Os dados são do Projeto MapBiomas, gerido por ONGs, universidades e empresas de tecnologia e lançado, nesta sexta-feira (7), em Brasília.
O coordenador do projeto, Tasso Azevedo, acredita que são grandes as chances desses desmatamentos serem ilegais, mas lembra que podem existir autorizações que ainda não foram cadastradas no sistema.
Além disso, 40% dos alertas emitidos ocorreram em áreas que não poderiam ser desmatadas, como unidades de conservação, terras indígenas e áreas de preservação permanente.
O sistema avaliou mais de 4,5 mil alertas de desmatamento, durante três meses. O bioma do Cerrado foi o mais desmatado, com 53% do total dos alertas, seguido pela região da Amazônia, com 30% do total.
Em pouco mais de três meses, o Brasil desmatou o equivalente a duas vezes e meia o tamanho da cidade de Belo Horizonte.
O coordenador da iniciativa, Tasso Azevedo, ressalta que a nova ferramenta traz mais precisão no combate ao desmatamento ilegal.
Os estados campeões de desmatamento, segundo o projeto, foram Mato Grosso, com 10% do total de alertas, seguido pelo Pará, com 5% do total detectado. Presente no lançamento do projeto, o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato, destacou que a plataforma vai ajudar no trabalho dos fiscais.
O projeto MapBiomas concentra os alertas emitidos por órgãos de monitoramento de desmatamento e emite laudos com imagens em alta resolução. O sistema tem o o público e gratuito através do endereço alerta.agenciabrasil-ebc-br.diariopernambuco.com.





