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Antes de deixar o cargo, Raquel Dodge pede federalização do caso Marielle Franco

STJ
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Lucas Pordeus León
18/09/2019 - 10:41
Brasília

Em seu último dia como procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que a investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes seja federalizada, que saia da esfera do Judiciário do Rio de Janeiro.

 

Se o pedido for aceito pelo STJ, caberia a Justiça Federal julgar o processo.

 

Raquel Dodge ainda acusou cinco pessoas de tentarem atrapalhar a investigação.

 

Entre os acusados, está o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão. A então procuradora-geral afirma que há provas de que o conselheiro plantou notícias falsas e cooptou pessoas para prestarem depoimentos falsos e desviar o foco da investigação da Polícia Civil do Rio.

 

A denúncia de Dodge é resultado de uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre a suposta obstrução do caso. A procuradora sustenta que o relatório da PF aponta que Brazão é o principal suspeito de ser o autor intelectual dos assassinatos de Marielle e Anderson.

 

A polícia cita interceptações telefônicas que conectam Domingos Brazão a milicianos do denominado Escritório do Crime, formado por matadores de aluguel.

 

Mas, segundo Dogde, as investigações foram dificultadas devido às ligações do grupo com “graduados integrantes da Polícia Civil”.

 

Também foram denunciados por envolvimento, na tentativa de obstrução, o delegado da Polícia Federal Hélio Kristian e mais três pessoas: uma advogada, um policial federal aposentado e um policial militar.

 

A advogada Cristiane Silva, que defende o delegado da PF Hélio Kristian, afirma que a defesa não sabe porque a procuradora tomou essa decisão e diz que nada foi encontrado na investigação contra o delegado.

 

Já a defesa do conselheiro Domingos Brazão, afastado do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro não foi encontrada para comentar a denúncia.

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