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Dia Nacional: médico alerta que pessoa avise família de que é doador de órgãos

Dia Nacional
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Kariane Costa
27/09/2019 - 09:22
Brasília

Foram dois anos na fila de transplante à espera de um rim, 24 meses sonhando com uma nova vida. E o dia chegou. Em 7 de maio de 2019, a carioca, Danielle Bastos de 33 anos, ganhou a chance de um novo começo.

 

Ela conta que antes da operação sofria constantes desmaios e indisposições que a impediam de levar uma vida normal, ao ponto de ter sido obrigada a abandonar a profissão de bióloga marinha.

 

Mas os tempos difíceis ficaram para trás e com o transplante novas possibilidades se abriram para Danielle.

 

A bióloga começou cedo a apresentar problemas de saúde. Foi diagnosticada com diabetes aos 9 anos. Na adolescência ou pela primeira operação, tirou a vesícula.

 

Tempos depois teve pancreatite e a insuficiência renal chegou em 2003, obrigando Danielle a fazer sessões de hemodiálise.

 

Emocionada, Danielle lembra de todo apoio que recebeu da família, incluindo o noivo.

 

Ao falecer, a pessoa quando é doadora é capaz de ajudar a salvar outras 10 vidas. Além do coração, rins, fígado, pulmões, as córneas, pele e ossos também podem ser transplantados.

 

Hoje, pela legislação brasileira, quem define e autoriza a remoção de órgãos para doação após a morte de um ente é a família, independentemente se a pessoa que morreu tem um documento informando que deseja doar.

 

Por essa razão, o vice-presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante , o médico Marcos Vieira, alerta que é preciso conversar com os familiares sobre a decisão de ser um doador.

 

O médico também esclarece que no Brasil não existe recompensa financeira para a família. Segundo ele, autorizar a doação de órgãos é um gesto altruísta, ou seja, a única recompensa é fazer o bem, um verdadeiro ato de amor.

 

Marcos Vieira lembra ainda que o corpo do familiar não fica desconfigurado e nem a aparência é alterada após a retirada dos órgãos.

 

Neste 27 de setembro, Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, Danielle dá um recado, principalmente para aquelas pessoas que assim como ela estavam à espera de uma nova vida: Desistir? Jamais!

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