Os motoristas de ônibus de São Paulo cruzaram os braços na manhã desta sexta feira (6). 
A SPtrans (São Paulo Transporte S/A) informou que 18 linhas não funcionaram no início da manhã. Os motoristas também bloquearam a saída do terminal Dom Pedro Segundo, no centro de São Paulo e vários ônibus fecharam a agem do Viaduto do Chá, próximo à prefeitura, no centro da capital paulista. Os outros 29 terminais funcionam normalmente.
Em nota, o sindicato da categoria destaca que a reivindicação dos trabalhadores é pelo pagamento da participação dos lucros e resultados pelas empresas concessionárias, acertado no acordo coletivo. Eles também acusam a Secretaria de Municipal de Transportes de diminuir a frota de ônibus, o que poderia retirar o emprego de mais de 7 mil trabalhadores e protestam ainda contra a extinção da função do cobrador, que colocaria mais 19 mil trabalhadores no desemprego.
O prefeito Bruno Covas, em coletiva, falou que não há mais sentido manter a função de cobrador, uma vez que apenas 5% das viagens são pagas em dinheiro. Os atuais cobradores serão realocados em outras funções.
Mas Juscelino Medeiros, assessor jurídico do Sindicato dos Motoristas afirmou que desde agosto tem tentado negociar com a prefeitura e a Secretaria de Transportes a respeito da situação dos cobradores, mas representantes da prefeitura faltaram todas as reuniões. Juscelino falou ainda que a proposta da prefeitura, de realocar os cobradores, não foi formalizada aos sindicatos.
O Sindicato das Empresas de Ônibus, SPurbanuss, foi procurado pela reportagem e afirmou que a ordem da redução da frota partiu da SPTrans e que a convenção coletiva que determinaria a divisão dos lucros e resultados não foi assinada por que houve mudanças significativas no setor, mas que seguem negociando com o sindicato.
