Colegas homenageiam Andhrea Tavares, jornalista da Rádio Nacional que faleceu nesta quarta-feira
Os cabelos pretos, as roupas sempre coloridas e a voz suave eram marcas da jornalista Andhrea Tavares, uma das mais antigas da Rádio Nacional. Andhrea nos deixou na madrugada desta quarta-feira, depois de uma árdua e corajosa batalha contra o câncer.
As longas licenças médicas, os tratamentos, cirurgias, nada parecia tirar o ânimo dela, que, a cada conversa, me dizia que nos veríamos em breve.
A mineira de Juiz de Fora chegou à Rádio Nacional ainda nos anos 80. Acostumada a trabalhar com perfeição, logo se adaptou às grandes coberturas – da Constituinte às últimas eleições, da Rio 92 à chegada do cólera no Amazonas.
Durante o atentado às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, um recorde: ficou 19 horas no ar atualizando o ouvinte incansavelmente. Ela falou um pouquinho sobre a sua trajetória em entrevista à jornalista Mariana Martins, para um especial de 60 anos da Rádio Nacional de Brasília.
Sempre foi à frente dos microfones que Andhrea Tavares se realizou profissionalmente. Apresentadora do programa Revista Brasil durante três décadas, na Nacional AM, ao lado de Valter Lima, comentava as notícias do dia, entrevistava autoridades e chegava na casa dos ouvintes sempre com carinho, alegria e competência. Valter Lima relembra.
Antes de sair de licença médica, Andhrea estava trabalhando no setor de pauta e produção do radiojornalismo. O colega de bancada Renato Lima fala dela com carinho.
Andhrea deixa marido, um filho e uma equipe que sempre terá orgulho de ter trabalhado com ela.
A família ainda não divulgou informações sobre velório e enterro.




