Nos corredores de uma unidade médica em Salvador, am diariamente pacientes em busca de saúde após enfrentarem a covid-19. A doença deixa sequelas respiratórias em parte dos casos. A batalha pela vida, travada em leitos clínicos ou em UTI, nem sempre é vencida pelo paciente. E o número de mortes registradas na Bahia no mês de janeiro deste ano assusta, quando comparado ao mesmo período no ano ado. 
Dados dos cartórios de Registro Civil no país mostram um aumento de mais de 10% no número de mortes na Bahia, fazendo desse janeiro o mais mortal desde que os dados aram a ser contabilizados, em 2003: foram quase dez mil vidas perdidas.
E um outro número também assusta: as mortes por pneumonia subiram impressionantes 105%. As mortes por doenças de coração também aumentaram 32%. Uma das hipóteses é que essas vítimas não encontraram leitos de UTI, por estarem ocupados por pacientes com covid-19. A outra explicação, segundo o pneumologista Adelmo Machado, é que o novo coronavírus e suas variantes provocam pelo menos 50 tipos de problemas posteriores, entre eles os cardíacos.
As mortes provocadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), mesmo problema que arrastou milhares de pessoas para as UPAs e os gripários, também teve um aumento assustador em janeiro: 156%. A diretora da Vigilância Epidemiológica do estado, Márcia São Pedro, define o que é essa síndrome.
Para Márcia São Pedro, esses números mostram a necessidade de todos se protegerem - com as vacinas e com outros protocolos de segurança sanitária.
