Cerca de 2,1 mil moradores do Distrito Federal vivem em áreas de risco geológico. A capital do país tem 22 localidades sujeitas a fenômenos como enxurrada, erosão, deslizamentos e inundação. O mapeamento foi feito pelo Serviço Geológico do Brasil, com apoio da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das istrações Regionais.
O chefe da Divisão de Geologia Aplicada do Serviço Geológico do Brasil, Tiago Antonelli, afirma que as áreas de risco foram classificadas de acordo com o perigo que elas representam.
Das 22 áreas mapeadas no Distrito Federal, 20 são de alto risco e outras duas de risco muito alto. Elas estão distribuídas em oito das 33 regiões istrativas do DF. As regiões com a maior quantidade de pessoas em situação de vulnerabilidade são Planaltina, Sobradinho 2 e Riacho Fundo 1. Juntas, elas concentram mais da metade da população que vive em área de risco. De acordo com o relatório, esses problemas são consequências da ocupação desordenada.
Quase todas as localidades analisadas apresentam movimentos como deslizamento de terra e acomodação do solo. É comum encontrar casas e apartamentos com trincas e rachaduras no piso e na parede, e muros que ficaram tortos, como se tivessem uma barriga.
Tiago Antonelli, do Serviço Geológico do Brasil, aponta que as pancadas de chuva, muito comuns nessa época do ano, são os principais fatores de risco para alterações no solo.
No total, 525 imóveis estão em áreas de risco no Distrito Federal. Se você perceber algum sinal de deslizamento de solo ou de desabamento de estrutura, como um prédio ou uma casa, ligue gratuitamente para a Defesa Civil, no número 199, ou para o Corpo de Bombeiros, no 193.
*Com produção de Joana Lima
