Os primeiros resultados do Censo 2022 devem ser divulgados no final de abril, de acordo com o IBGE. Depois de enfrentar diversos problemas e atrasos, o Instituto encerrou nesta terça-feira (28) a fase da coleta domiciliar da pesquisa, alcançando cerca de 189 milhões e 200 mil pessoas, o que corresponde a 91% da população brasileira, de acordo com a prévia divulgada no final do ano ado. Mas em alguns estados a cobertura foi maior, ando de 96% em Santa Catarina, Piauí e Paraíba, por exemplo.
A partir desta quarta-feira (01), começa a etapa de apuração, em que os técnicos analisam, checam e refinem os dados coletados. Ao longo do mês, pode ser preciso retornar a alguns domicílios, inclusive para verificar se casas encontradas vazias realmente estão desocupadas. Também nessa fase, o IBGE faz a Pesquisa de Pós-Enumeração, em cerca de 1,5% dos setores censitários, para avaliar a cobertura e a qualidade da coleta. O levantamento posterior também ajuda o IBGE a identificar áreas que podem exigir maior atenção nos próximos censos.
O Instituto realizará, ainda em março, uma operação final de coleta de dados na Terra Indígena Yanomami, que a por uma grave crise humanitária, por causa do avanço do garimpo ilegal nos últimos anos. Os pesquisadores já conseguiram recensear 50% dos moradores do território, agora resta a metade final, que vive em áreas de o mais complexo.
Inicialmente previsto para 2020, dez anos depois da última edição, o Censo foi adiado por causa da pandemia de covid-19 e, depois, por problemas orçamentários. No entanto, desde o início da operação, o IBGE teve dificuldade para contratar recenseadores, principalmente por causa do modelo de pagamento por produtividade, solucionado parcialmente após o aumento da remuneração. No total, a quantidade de profissionais temporários contratados ou de 210 mil pessoas.
O Instituto também enfrentou resistência de uma parcela significativa da população e, de acordo com o último balanço divulgado no final de janeiro, a taxa média de recusas a responder a pesquisa era de 2,43%, com 4,62% de moradores ausentes. Em 2010, sequer havia uma medição separada dessas situações e a média delas, somadas, ficou em 1,5%.




