O presidente Lula se reuniu com autoridades alagoanas no Palácio do Planalto, na manhã desta terça-feira (12), para buscar uma solução para as vítimas do afundamento do solo em Maceió, causado pelas minas de exploração de sal-gema, abertas pela empresa Braskem.
Participaram da reunião o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro dos Transportes, Renan Filho, da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o governador de Alagoas, Paulo Dantas, os senadores Renan Calheiros, Rodrigo Cunha e Fernando Farias, além do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas.
O prefeito de Maceió pediu apoio no enfrentamento dos problemas causados pela atividade mineradora da Braskem na capital alagoana.
Já o presidente da Câmara, Arthur Lira, escreveu em rede social que defende a assistência às vítimas que foram obrigadas a se deslocarem. Lira também pediu a responsabilização da Braskem e das autoridades que atuaram enquanto o problema se agravava.
O senador Renan Calheiros defendeu que o crime ambiental da Braskem precisa ser investigado. Segundo Calheiros, uma I é um dos meios para responsabilizar a empresa.
Após o rompimento da mina nº 18 da Braskem, a Defesa Civil perdeu o equipamento que fazia o monitoramento da movimentação do solo no terreno afetado. Segundo o órgão municipal, não dá pra saber neste momento se a movimentação do solo continua, nem a dimensão da cavidade no trecho sob a Lagoa Mundaú. O coordenador da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre, informou que não houve tremores de terra nem antes nem após o rompimento. O órgão informou ainda que os equipamentos instalados nas outras perfurações estão funcionando e não indicaram movimentações atípicas.
Nessa segunda-feira (11), o governador Paulo Dantas encontrou com moradores dos Flexais e outros bairros afetados, que não foram incluídos no primeiro acordo feito entre prefeitura e Braskem. Segundo Dantas, é necessária uma reparação justa aos 200 mil moradores afetados direta e indiretamente pela Braskem.
O secretário de governo de Alagoas, Vitor Pereira, argumentou, nessa segunda-feira, que a prefeitura de Maceió deveria repactuar o acordo de R$ 1,7 bilhão feito com a mineradora Braskem. Pereira diz que o acordo não contemplou as vítimas, os demais municípios nem o estado.




