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Diretor da Abin depõe à PF sobre suposta espionagem ilegal

Também prestou depoimento o ex-diretor adjunto, Alessandro Moretti
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Priscilla Mazenotti - repórter da Rádio Nacional
18/04/2025 - 08:59
Brasília
Brasília (DF) 05/12/2024 A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) realiza cerimônia comemorativa dos 25 anos da instituição Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O depoimento do diretor-geral da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência, Luiz Fernando Corrêa, à Polícia Federal nessa quinta-feira (17),  em Brasília, durou cerca de cinco horas.

Ao mesmo tempo, mas em sala separada, também prestou depoimento o ex-diretor adjunto da Abin, Alessandro Moretti.

Os dois foram ouvidos dentro das investigações sobre a atuação paralela da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que corre em segredo de Justiça. Os detalhes dos depoimentos, portanto, não foram divulgados.

Os policiais querem saber sobre o uso ilegal da Abin para monitorar autoridades públicas durante o governo Bolsonaro. Tanto Luiz Fernando Correa quanto Alessandro Moretti não fizeram parte da cúpula do governo anterior. 

No início da semana, o diretor-geral da Abin divulgou uma nota informando estar à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos sobre os fatos que remetem a decisões tomadas em gestão anterior.

Outro ponto investigado é uma ação de espionagem de autoridades paraguaias na negociação do contrato de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, entre junho de 2022, durante o governo de Bolsonaro, e março de 2023, início do governo Lula.

O Itamaraty nega qualquer envolvimento do atual governo com a espionagem ao Paraguai; e argumenta que a ação de inteligência começou no governo anterior e foi tornada sem efeito pela Abin, em março de 2023, após a direção interina do órgão tomar conhecimento do caso.

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