Corrupção transnacional será debatida em Brasília nesta semana
Especialistas no combate à corrupção na América Latina e Caribe se reúnem nesta semana, em Brasília, para discutir o combate à corrupção transnacional, quando a prática envolve mais de um país.
Participam, além do Brasil, servidores públicos de órgãos de fiscalização e controle de diversos países como Chile, Argentina, Paraguai, Panamá, Guatemala, além de outros da região.
Será feito um treinamento com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o FBI, e a Agência Norte-Americana para Regulação do Mercado Financeiro. O treinamento é aberto aos servidores públicos que trabalham no combate à corrupção, nos países da America Latina e Caribe.
O primeiro a falar foi o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, que destacou a intenção de mostrar ao mundo os avanços no combate à corrupção no continente.
A iniciativa faz parte da Rede de Agentes de Combate ao Suborno Transnacional criada pela OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, grupo que reúne 36 membros entre os países mais desenvolvidos do mundo. O Brasil tenta ingressar no grupo que tem apenas como membros latino-americanos o Chile e o México.
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Freitas, lembrou que foram os Estados Unidos que provocaram a OCDE para criar essa rede de cooperação na América Latina e que um dos objetivos é facilitar a entrada do Brasil na OCDE.
O foco do evento é a responsabilidade das empresas nos casos de corrupção transnacional, e as ferramentas para combater o suborno entre as nações. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que esteve no evento, lembrou do poder econômico de algumas empresas.
O encontro da rede de agentes públicos da América Latina e Caribe vai até o próximo dia 6 e ocorre no Palácio do Itamaraty.





