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Justiça

Moraes dá 48h para defesa prestar informações sobre saúde de Collor

Documentos embasarão análise do pedido de prisão domiciliar
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Oussama El Ghaouri, da Rádio Nacional
28/04/2025 - 19:06
Brasília
Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) realiza reunião semipresencial para discussão e deliberação das emendas da comissão ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023 (PLN 5/2022), que define as regras para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária.

À mesa, presidente da CDR, senador Fernando Collor (PTB-AL), conduz reunião.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
© Jefferson Rudy/Agência Senado/Arquivo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 48 horas para a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello apresentar mais informações sobre o estado de saúde dele.

Os documentos vão permitir a análise do pedido de prisão domiciliar.  

Na quinta-feira ada (24), Moraes determinou a prisão de Collor para cumprir a pena 8 anos e 10 meses por corrupção iva e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato.

Mas, logo depois, os advogados do ex-presidente, entraram no STF um pedido de prisão domiciliar.

De acordo com a defesa, Collor tem 75 anos de idade e diversos problemas de saúde, como doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.

Na decisão desta segunda-feira (28), Moraes também decretou sigilo sobre os documentos.

A condenação de Collor saiu em 2023, porque ele, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora.

A empresa subsidiária da Petrobras, em troca, pagou R$ 20 milhões em vantagens indevidas a Collor em contratos da empresa entre 2010 e 2014.

Ao determinar a prisão, Moraes entendeu que os recursos da defesa de Collor para derrubar a condenação são protelatórios para evitar o cumprimento da pena.

Collor está preso no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió. Por ser ex-presidente, ele cumpre a pena em uma ala especial.

Como a decisão para prender o ex-presidente foi tomada por um único ministro, ou seja, foi monocrática, ela precisa ser confirmada pelo restante da corte.

Na sexta ada (25), o plenário virtual do STF já tinha formado maioria para manter a prisão de Collor. Mas, o ministro Gilmar Mendes interrompeu o julgamento, que foi retomado nesta segunda, e segue até antes da meia-noite.

Até o momento, uma maioria de 6 dos 11 ministros confirma a decisão de prisão imediata. André Mendonça, por enquanto, foi o único a votar contra.

Já Cristiano Zanin se declarou impedido por ter sido advogado de Lula na Lava Jato, antes de se tornar ministro do STF. E faltam ainda os votos de 3 ministros.

*Com informações da Agência Brasil

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