As primeiras machas de óleo apareceram a cerca de 70 dias nas praias do Nordeste e, até agora, não é possível dizer quando esse óleo pode acabar. Esta é conclusão da Marinha, que coordenada as ações de respostas ao desastre.
O contra-almirante Alexandre Rabelo, representando o ministério da Defesa em audiência pública na Câmara, nesta quinta-feira, afirmou que é preciso manter os servidores mobilizados.
O militar destacou que todas as imagens de satélites que supostamente identificaram manchas de óleo no mar não foram confirmadas após verificação in loco.
O almirante Alexandre Rabelo explicou que o óleo não se movimenta na superfície, o que dificulta a identificação das manchas antes da chegada às praias. Também presente da audiência pública da Câmara, o secretário de Pesca do Ministério da Agricultura, Jorge Seif, reafirmou que os peixes e frutos do mar analisados, não demostraram contaminação, por enquanto.
O secretário de pesca ressaltou, contudo, que não há estatística e controle de toda a produção de pescado no Brasil. Já o representante do ministério da Saúde, Marcos Quito, disse que o impacto na saúde pública, até o momento, é considerado baixo.
O representante do Ministério da Saúde informou que já foram registrados 70 casos de intoxicação aguda por contato com o óleo, sendo três casos notificados na Bahia, um no Ceará, e 66 em Pernambuco, sendo que 31 desses ainda estão em investigação.
Em nota, a Marinha informou que as praias de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte estão limpas e citou 14 municípios dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Ceará como locais em processo de limpeza.
Já foram retirados das praias, segundo levantamento do Ibama, mais de quatro mil e 300 toneladas de óleo misturado com areia. Desde o final de agosto, 353 localidades foram atingidas em 110 municípios.




