Um estudo realizado na Universidade Federal do Pará (UFPA) identificou a presença de microplásticos em peixes da região, especialmente nas espécies encontradas no Rio Amazonas, Costa Norte do Brasil.
Entre os peixes contaminados estariam Xaréu, Ariacó, Corvina e Pescada gó. Todos eles com importância ambiental e econômica, muito utilizados para o consumo humano.
A oceanógrafa Tamyris Pegado Silva estuda a situação dos peixes no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação, que funciona no Campus da Federal do Pará em Altamira.
De acordo com Tamyris, há indícios científicos internacionais do impacto da ingestão de peixes contaminados na saúde humana, mas a consequência mais direta e já comprovada da presença do microplástico é o desequilíbrio do bioma.
O rio Amazonas possui ecossistemas como mangues, ilhas, planícies de marés, além de ser uma zona altamente produtiva, que sustenta pescarias artesanais e industriais. De acordo com os pesquisadores, para evitar a degradação, é fundamental que toda a sociedade se empenhe na redução do uso de produtos plásticos, dando prioridade a materiais biodegradáveis. A coleta seletiva de lixo também é recomendada pois evita que os materiais plásticos sejam despejados nos rios e mares.





