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Política

Dilma pede empenho de ministros | e defende medidas econômicas

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Lucas Pordeus Leon
28/01/2015 - 01:42
Brasília

A presidenta Dilma Rousseff reuniu os 39 ministros do governo na Granja do Torto, em Brasília, na tarde dessa terça-feira. No discurso antes da reunião, a presidenta defendeu as medidas econômicas de ajuste fiscal.

 

"Estamos diante da necessidade de promover um reequilíbrio fiscal para recuperar o crescimento da economia o mais rápido possível, criando condições para a queda da inflação e da taxa de juros no médio prazo."

 

Dilma disse que os ajustes vão ser feitos de forma gradual e cobrou empenho dos ministros.

 

"Lembro a cada um dos ministros que as restrições orçamentárias exigirão mais eficiência no gasto. Vamos fazer mais gastando menos."

 

A presidenta também rebateu críticas sobre as mudanças no seguro-desemprego, auxílio-doença e outros benefícios trabalhistas. Negou que esteja tirando direitos dos trabalhadores. Segundo a presidenta, as mudanças são necessários por causa do aumento do salário-mínimo, do emprego e da expectativa de vida do brasileiro.

 

"Vamos adequar, por exemplo, o seguro-desemprego, o abono-salarial, a pensão por morte e o auxílio-doença às novas condições socioeconômicas do país. Trata-se de aperfeiçoamento de políticas sociais para aumentar sua eficácia, eficiência e sua justiça."

 

A presidenta falou de um Pacto contra a Corrupção e defendeu a Petrobras. Disse que é preciso investigar os desvios de dinheiro sem prejudicar a economia.

 

"Nós temos que saber punir o crime, fazer isso sem prejudicar a economia e o emprego do país. Ser capaz de combater a corrupção não significa, não pode significar a destruição de empresas privadas também. As empresas têm de ser preservadas, as pessoas que foram culpadas é que têm que ser punidas."

 

Dilma prometeu ainda mandar ao Congresso Nacional projeto para unificar o PIS e a Cofins. A junção desses impostos é uma reivindicação do setor industrial. Ela também garantiu que vai continuar com a política de concessão de portos, aeroportos e estradas.

 

Sobre a crise da água, a presidenta ressaltou que ela está afetando o preço da energia e deve ser resolvida em parceria com os Estados.

 

"O governo federal apoiou, está apoiando e continuará apoiando, de todas as formas, inclusive com vultosos investimentos, com investimentos elevados, as demandas dos governos estaduais, responsáveis constitucionalmente pelo abastecimento de água."

 

A primeira reunião ministerial do segundo mandato durou aproximadamente quatro horas e esse foi o primeiro pronunciamento público da Presidenta Dilma Rousseff em 2015.

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