Entidades contrárias à redução da maioridade penal estão organizados desde cedo hoje (30), na Câmara dos Deputados, para fazer pressão. Os líderes da base aliada também se reuniram com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para traçar uma estratégia e garantir a derrubada da proposta.
O governo alega que esta não é a solução para o problema da violência, mas o relator, deputado Laerte Bessa (PR-DF) é favorável à redução. Ele entende que jovens de 16 anos podem sim responder criminalmente por seus atos, e faz um apelo para que a sessão de hoje ocorra sem tranquilidade, sem embates.
Larte Bessa ainda foi claro: não acha que os protestos vão fazer os deputados mudarem de ideia em cima da hora.
Sonora: "Nós vamos trabalhar dentro do regimento e vamos fazer as coisas como devem ser feitas, e acreditamos em aprová-la, mas não temos medo da mudança de posição dos parlamentares não. Nós temos medo é de uma bagunça que venha a causar um transtorno maior, e que venha a prejudicar a votação."
O público terá o às galerias do Plenário para acompanhar a votação. Para isso, estão sendo distribuídas senhas de o, mas o deputado Laerte Bessa já avisou: se houver tumulto a ponto de impedir os trabalhos, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) poderá retirar os manifestantes do Plenário.
Enquanto isso, no gramado em frente ao Congresso, diversas apresentações musicais e discursos marcam o dia. Um telão vai transmitir ao vivo a sessão plenária. Isso porque jovens de vários estados estão acampados no gramado.
Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição, são necessários 308 votos em dois turnos de votação. Depois, a proposta segue para análise no Senado.
