O Psol e a Rede protocolaram na Procuradoria-Geral da República uma representação pedindo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do cargo. Alegam que ele tem usado do cargo para se favorecer pessoalmente, como atrasar a reunião do Conselho de Ética, que analisa parecer que pede a sua cassação.
O pedido de medida liminar de afastamento de função pública é para que a Procuradoria-Geral da República atue junto ao Supremo Tribunal Federal para exigir a saída de Cunha da presidência da Câmara, como explicou o deputado Chico Alencar, do Psol.
O documento, de mais de 20 páginas, lista procedimentos adotados por Cunha que seriam incompatíveis com a função de presidente da Casa. Em novembro, o Psol e outros cinco partidos já haviam entregado representação semelhante à PGR.
Dessa vez, o argumento é o de que as últimas ações de Cunha, como a instalação do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, caracterizam uso do cargo para atender a interesses pessoais. Segundo Chico Alencar, os fatos são sucessivos, já conhecidos e elencados.
* O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rebateu as acusações de que teria feito manobras para evitar a reunião no Conselho de Ética. O deputado disse que não podia decidir sobre fatos referentes a interesse próprio e, por isso, ou a presidência.
Argumentou ainda que o horário da reunião acabou sendo agendado no mesmo momento da sessão no plenário. “Havíamos combinado que faríamos sessão o dia inteiro (quinta-feira) para tirar um pouco o atraso da votação. Isso foi combinado com todo mundo, se o Conselho de Ética combinou uma sessão às 9h30 tendo uma sessão (de Plenário) convocada às 9h, ele deveria ter convocado para depois”, disse no portal eduardocunha.
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