O delegado responsável pela Operação Drácon, que investiga deputados distritais, entregou o cargo de chefia da Decap, a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a istração Pública.
O pedido de exoneração ocorreu no mesmo dia que a Polícia Civil fez buscas e apreensões na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
A operação Drácon investiga deputados distritais que supostamente destinaram R$ 30 milhões para empresas que gerenciam as UTIs públicas em troca de propinas.
A investigação desencadeou o afastamento pela Justiça de membros da Mesa Diretora da Câmara Distrital, incluindo a presidente, Celina Leão, do PPS.
O diretor do Sindicado de Delegados da Polícia Civil do DF, Renato Sampaio, disse que a investigação é prejudicada com a entrega dos cargos.
A entrega de cargos é uma estratégia da Polícia Civil para conseguir a equiparação salarial com a Polícia Federal e a contratação de novos servidores.
O titular da Delegacia de Combate ao Crime Organizado também entregou o cargo de chefia. Segundo o sindicato, 94% dos servidores de cargos comissionados pediram exoneração na Polícia Civil.
A secretária de Segurança do Distrito Federal, Márcia de Alencar, minimizou a entrega de cargos e disse que o Estado também conta com outros órgão de fiscalização para continuar as investigações da Operação Drácon.
Em greve, os policiais civis só estão atendendo casos de crime contra a vida, como homicídio, latrocínio, estupros e crimes contra vulneráveis.
