* Matéria atualizada às 15h52 para complementação de informações e inserção de sonoras.
A três minutos do fim do prazo, a defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff entregou, nesta sexta-feira, a contestação do libelo acusatório, que é a contestação aos últimos argumentos entregues pela acusação na quarta-feira.
Com isso, defesa e acusação foram notificados e a data para início do julgamento final do impeachment foi marcada: será dia 25 de agosto às 9h.
Ao contrário da acusação, que abriu mão de três testemunhas e apresentou somente três nomes para serem ouvidos no plenário, a defesa indicou todos os nomes a que tinha direito.
São eles: o ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a ex-secretária de Orçamento Federal, Ester Dweck, o ex-secretário do MEC, Luiz Cláudio Costa, o ex-secretário da Casa Civil, Gilson Bittencourt e os professores Luiz Gonzaga Beluzzo, da Unicamp, e Geraldo Prado, da UFRJ. Todos já ouvidos antes pela Comissão Especial do Impeachment.
O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, disse que não vai abrir mão de ouvir todas as testemunhas e que pode pedir, ainda, diligências e acareações. Por isso, não quis estimar o tempo de duração do julgamento.
A contestação do libelo acusatório apresentado nesta sexta-feira, tem 670 páginas em contraposição ao documento apresentado pela acusação, que tem apenas nove páginas.
José Eduardo Cardozo disse que no documento, além de rebater os motivos da denúncia, ainda faz uma crítica ao relatório do senador Antônio Anastasia e que, por isso, vai pedir, a nulidade do julgamento da pronúncia, do parecer aprovado na madrugada da quarta-feira. Segundo ele, o senador inovou e incluiu fatos que não estavam originalmente no processo.
O detalhamento das sessões de julgamento será definido em reunião entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowiski, e os senadores. Ainda não está definido se Dilma Rousseff vai comparecer pessoalmente, se vai enviar alguma declaração por escrito ou se será representada por seu advogado.





