O Ministério Público Federal de São Paulo denunciou o ex-ministro Paulo Bernardo, nessa segunda-feira (1º), pelos crimes de organização criminosa, corrupção iva e lavagem de dinheiro.
Ex-ministro do Planejamento no governo Lula e ex-ministro das Comunicações no governo de Dilma Rousseff, Paulo Bernardo foi acusado de receber dinheiro de um esquema de fraudes em um contrato para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento.
O procurador Andrey Borges de Mendonça disse que a denúncia aponta que Paulo Bernado agia nos bastidores.
O Ministério Público calcula que o esquema durou de 2009 a 2015 e 70% do valor do contrato era desviado para empresas de fachada e, depois, esse dinheiro chegava aos beneficiários finais, entre eles o ex-ministro, agentes públicos, o Partido dos Trabalhadores e pessoas ligadas a Consist, a empresa contratada pelo Ministério do Planejamento.
Ao todo, 20 pessoas foram denunciadas. As denúncias são consequência da Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato.
Agora, a Justiça Federal decide se aceita ou não essas denúncias. Se aceitar, os investigados am a condição de réu. O montante total desviado pode chegar a R$ 100 milhões, segundo os investigadores.
A defesa de Paulo Bernardo, em nota, disse que o ex-ministro reafirma que não participou ou teve qualquer ingerência no contrato alvo da investigação. Acrescenta, ainda, que Paulo Bernardo não recebeu nenhuma quantia, quer direta ou indiretamente, da empresa contratada pelo Ministério do Planejamento.
A empresa Consist informou que sempre colaborou com a Justiça e como o processo corre em sigilo nada mais tem a declarar.
A assessoria de imprensa do PT informou, por meio de nota, que refuta as acusações de ilegalidade. Segundo o partido, as contas da campanha de 2010 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.





