Os três manifestantes do MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, que estavam presos em uma delegacia na zona leste de São Paulo, foram transferidos para uma penitenciária, também na capital paulista, onde devem aguardar o julgamento.
A transferência aconteceu sob protestos de cerca de outros 500 integrantes do movimento e de familiares dos presos que chegaram ainda de madrugada na delegacia.
Muito emocionada, Maurina Rodrigues Santos estava entre os manifestantes. O filho dela Ricardo Rodrigues é um dos presos.
Sonora: "Meu filho nunca tinha ido em uma porta de delegacia a não ser fazer BO de roubo de carro dele. Os outros faz os erros e quem paga é nós que é pobre e negro, que não tem dinheiro pra dá pra eles."
Além de Ricardo, também foram presos Juraci dos Santos e Luciano Firmino.
Segundo o MTST, eles participavam da greve geral na última sexta-feira e fecharam uma importante via de o à capital paulista, a Radial Leste.
Eles são acusados pelos crimes de incêndio, explosão e associação criminosa. Durante a greve, em todo o país, foi frequente ver manifestantes queimando pneus para obstruir vias em diversos locais do país.
O MSTS afirma que os três são presos políticos e entrou com o pedido de habeas corpus.
A juíza Marcela Filus Coelho, de São Paulo, negou o pedido de liberdade, alegando resguardo da ordem social.
Segundo o líder do MTST, Guilherme Boulos, o movimento vai recorrer da decisão.
Sonora: "Nós vamos entrar com um novo habeas corpus hoje ainda no TJ de sp exigindo a soltura imediata deles. Esperamos que seja aceito. Se for feito justiça, vai ser aceito. mas anda difícil confiar no judiciário ultimamente então caso não seja aceito, nós entraremos com recurso no superior tribuanl de justiça na quinta-feira, também pedindo a liberação imediata do Juraci, do Luciano e do Ricardo."
Só em São Paulo, pelo menos 36 pessoas foram detidas durante a greve geral. Apenas os três seguem presos.




