Em entrevista coletiva na China, o presidente Michel Temer comentou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin de negar o pedido de suspeição do procurador-geral da República Rodrigo Janot.
A defesa de Temer havia pedido o afastamento de Janot, dizendo que o procurador extrapola os limites constitucionais.
Temer disse que os advogados podem recorrer e que quem decide o caso é o Judiciário. Completou avaliando que quando alguém começa a agir de forma suspeita, é preciso pedir a suspeição. O que não se pode, segundo ele, é manter o silêncio.
Temer também comentou a decisão do ministro do Supremo Gilmar Mendes que deu 10 dias para o governo explicar o decreto que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). O presidente destacou que o governo vai se pronunciar.
Sonora: “Lá havia uma exploração clandestina de minério. Pelo decreto que foi expedido, há preservação absoluta de toda e qualquer área ambiental e área indígena. O que há é uma regularização daquela exploração que se faz naquela região. Nada mais do que isso. É de uma singeleza ímpar.”
Temer foi à China para participar da reunião de cúpula do Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. E também para se encontrar com investidores chineses e divulgar o pacote de concessões anunciado pelo governo brasileiro.
Disse que houve interesse dos empresários nos projetos de concessão brasileiros, mas que, por enquanto, não há nada concreto sobre o assunto.
Na viagem, Temer fez uma parada em Portugal para se encontrar com o presidente daquele país, Marcelo Rebelo de Sousa. E confirmou a venda de seis aviões da Embraer para os portugueses.



