O Senado aprovou nesta terça-feira o texto-base do projeto de lei que cria o fundo público para financiamento de campanhas. A votação foi simbólica e os senadores ficaram tão divididos que teve discussão na hora de proclamar o resultado.
Na semana ada, tinham sido inseridas na proposta regras para propaganda paga na internet, prestação de contas dos candidatos e janela para troca de partidos. Desta vez, tudo foi retirado e apenas a criação do fundo ficou no texto. Mesmo assim, a polêmica não foi superada.
De acordo com o relator, Armando Monteiro, o fundo chegaria a 2 bilhões reais, menos da metade do que foi gasto nas últimas eleições e tornaria a disputa eleitoral mais equilibrada. Armando também defende que os investimentos em saúde e educação, tema que preocupa os senadores, não serão afetados.
Muitos parlamentares não querem retirar dinheiro do orçamento de outras áreas para financiar as campanhas. Isso deu margem para que o retorno do financiamento privado, proibido pelo Supremo Tribunal Federal desde 2015, fosse defendido por Renan Calheiros, do PMDB.
O projeto ainda precisa ar pela Câmara dos Deputados.





