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Eduardo Cunha aceita desafio de Funaro e pede para ar por detector de mentiras

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Lucas Pordeus León
06/11/2017 - 14:53
Brasília

O ex-deputado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, negou nesta segunda-feira, em depoimento à Justiça, todas as acusações de participação em esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal.

 

Cunha rebateu o ex-amigo Lúcio Funaro, apontado como operador financeiro do PMDB, e disse que o doleiro quer colocá-lo como culpado de tudo.


Segundo Cunha, Funaro sabia antecipadamente de uma busca e apreensão da Polícia Federal e deixou planilhas de propósito para que o incriminassem.



Cunha ainda aceitou a proposta de Funaro para ar por um detector de mentiras.

 


O ex-presidente da Câmara ainda afirmou que Funaro nunca teve relação com o presidente Michel Temer, como relatou o doleiro. Funaro sustenta que empresários do grupo Bertin, que atua no mercado de carnes, pagaram propina para Michel Temer e Eduardo Cunha em 2010.

 

Cunha alegou que recebeu do grupo 500 mil reais em doações legais, mas não lembra de ter pedido recursos para Michel Temer.

 

O Palácio do Planalto também nega as acusações de Funaro. Cunha ainda confirmou que marcou encontro do grupo Bertin com o atual ministro Moreira Franco, mas sem ter intermediado propina.

 

No depoimento, Eduardo Cunha pediu para ser transferido para Brasília. Ele cumpre prisão em Curitiba acusado de desvios na Petrobras. Com os bens bloqueados, Cunha afirmou que está sem renda, na penúria, e sem poder ver os advogados, que estão, por enquanto, sem receber pela defesa do ex-deputado.

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