Sindicância apura se houve irregularidades na prisão do ex-governador do Amazonas José Melo
A Secretaria de istração Penitenciária do Amazonas abriu sindicância para apurar irregularidades na prisão do ex-governador José Melo. O órgão já reconhece que houve vazamento de imagens do ex-governador na Central de Recebimento e Triagem (CRT) da secretaria e na audiência de custódia, realizada no dia 26 de dezembro.
Dois funcionários da empresa de co-gestão do sistema prisional assumiram a autoria do vazamento das fotos e a invasão ao banco de dados onde constam todas as imagens de presos que dão entrada no sistema prisional em Manaus.
A istração penitenciária avalia a possibilidade de instaurar um processo contra a empresa co-gestora e pediu que os funcionários sejam afastados.
José Carlos Cavalcanti, advogado do ex-governador José Melo, repudia a divulgação das fotos e aponta outras irregularidades, como a utilização de algemas.
A Secretaria de istração Penitenciária do Amazonas afirma que as algemas foram utilizadas para resguardar a vida e garantir a segurança do ex-governador, que apresentava sinais de depressão. Os agentes tinham receio de que José Melo atentasse contra a própria vida ou contra a integridade física da equipe de escolta.
A defesa do ex-governador nega que ele tivesse essa intenção. Um relatório conclusivo sobre as irregularidades será apresentado em 30 dias.
José Melo é acusado de envolvimento no esquema de desvio de recursos da saúde pública. Ele está detido na Superintendência da Polícia Federal em Manaus. Sua prisão temporária vence nesta quinta-feira (04) e os advogados esperam que ele seja liberado.
A defesa nega qualquer envolvimento do ex-governador com irregularidades e considera que as denúncias estão baseadas em fofocas de blogs.





