A intervenção federal no estado do Rio de Janeiro vai se estender até o fim do ano. Militares das Forças Armadas vão atuar na segurança pública e assumir a responsabilidade do comando das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e do sistema penitenciário.
Nesta sexta-feira, o presidente Michel Temer assinou o decreto de intervenção e destacou que a medida começa a valer imediatamente. No entanto, Temer ponderou que o documento ainda precisa ser analisado pelo Congresso Nacional.
Segundo o governo, os detalhes da ação ainda serão definidos pelo General de Exército Walter Souza Braga Netto, que foi designado como interventor.
Durante o ato, Michel Temer afirmou que se trata de uma medida extrema, mas destacou que o Brasil precisa de medidas extremas para pôr ordem nas coisas.
O emedebista também garantiu que o governo dará respostas duras, firmes e adotará todas as providências necessárias para derrotar o crime organizado e as quadrilhas. Temer ainda disse um “basta” para a onda de violência.
E em meio à crise na segurança pública do Rio, o governo não abre mão da Reforma da Previdência. O presidente Michel Temer informou que vai interromper a intervenção quando os parlamentares forem votar a PEC da Reforma da Previdência, já que a Constituição proíbe a aprovação de emendas enquanto estiver vigorando uma intervenção.
De acordo com o governo, após a votação, o presidente editará um novo decreto de intervenção.
Na cerimônia de do decreto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que a atuação das Forças Armadas deve ser bem planejada para que tenha efetividade. E lamentou:
O governador Luiz Fernando Pezão comemorou a intervenção e negou se sentir desconfortável diante da crise. Questionado sobre a situação a que se chegou o estado - com crise financeira, na segurança pública, tráfico de drogas e corrupção -, se eximiu e negou que a cúpula de sua istração tenha culpa.
Pezão ainda atribuiu a crise financeira e na segurança pública à queda na arrecadação, devido ao preço do petróleo. Segundo ele, como o estado depende da fonte energética, quando houve redução internacional no preço do barril, o Rio perdeu receita, o que dificultou investimentos e pagamento de salários.
* Matéria atualizada às 17h03 para acréscimo de informações e inclusão de sonoras.




