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Política

Decreto de intervenção federal no Rio vale até 31 de dezembro

Segurança Pública
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Danyele Soares
16/02/2018 - 09:25
Brasília

A intervenção federal no estado do Rio de Janeiro vai se estender até o fim do ano. Militares das Forças Armadas vão atuar na segurança pública e assumir a responsabilidade do comando das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e do sistema penitenciário.

 

Nesta sexta-feira, o presidente Michel Temer assinou o decreto de intervenção e destacou que a medida começa a valer imediatamente. No entanto, Temer ponderou que o documento ainda precisa ser analisado pelo Congresso Nacional.

 

Segundo o governo, os detalhes da ação ainda serão definidos pelo General de Exército Walter Souza Braga Netto, que foi designado como interventor.

 

Durante o ato, Michel Temer afirmou que se trata de uma medida extrema, mas destacou que o Brasil precisa de medidas extremas para pôr ordem nas coisas.

 

O emedebista também garantiu que o governo dará respostas duras, firmes e adotará todas as providências necessárias para derrotar o crime organizado e as quadrilhas. Temer ainda disse um “basta” para a onda de violência.

 

E em meio à crise na segurança pública do Rio, o governo não abre mão da Reforma da Previdência. O presidente Michel Temer informou que vai interromper a intervenção quando os parlamentares forem votar a PEC da Reforma da Previdência, já que a Constituição proíbe a aprovação de emendas enquanto estiver vigorando uma intervenção.

 

De acordo com o governo, após a votação, o presidente editará um novo decreto de intervenção.

 

Na cerimônia de do decreto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que a atuação das Forças Armadas deve ser bem planejada para que tenha efetividade. E lamentou:

 

O governador Luiz Fernando Pezão comemorou a intervenção e negou se sentir desconfortável diante da crise. Questionado sobre a situação a que se chegou o estado - com crise financeira, na segurança pública, tráfico de drogas e corrupção -, se eximiu e negou que a cúpula de sua istração tenha culpa.

 

Pezão ainda atribuiu a crise financeira e na segurança pública à queda na arrecadação, devido ao preço do petróleo. Segundo ele, como o estado depende da fonte energética, quando houve redução internacional no preço do barril, o Rio perdeu receita, o que dificultou investimentos e pagamento de salários.

 

* Matéria atualizada às 17h03 para acréscimo de informações e inclusão de sonoras.

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