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Política

Gilmar Mendes vota contra condução coercitiva; sessão será retomada na quarta-feira

STF
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Victor Ribeiro
07/06/2018 - 23:21
Brasília

O Supremo Tribunal Federal começou a julgar, nessa quinta-feira, duas ações contra as conduções coercitivas. O procedimento de obrigar testemunhas e suspeitos a depor ficou popular após ser usado mais de duzentas vezes ao longo da Operação Lava Jato.

 

O presidente do Instituto dos Advogados do Brasil, Técio Lins e Silva, foi um dos especialistas convidados pelo Supremo para falar em plenário. Ele considera a condução coercitiva uma herança da ditadura militar.

 

O vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, defendeu a constitucionalidade do procedimento, mas avaliou que é preciso mudar a forma como ocorrem as conduções coercitivas.

 

Até agora, o único a votar foi o relator das ações no Supremo, ministro Gilmar Mendes, que não economizou críticas às conduções coercitivas.

 

O relator também repudiou outras atitudes de agentes públicos que participam de operações. Entre elas, conceder entrevistas sobre investigações em curso e não respeitar direitos fundamentais dos envolvidos, como garantir o a um advogado.

 

Gilmar Mendes concluiu que a condução coercitiva é inconstitucional e pediu a responsabilização dos agentes públicos que praticarem abusos.

 

O ministro avaliou que as provas já obtidas por meio de conduções coercitivas vão continuar válidas.

 

O julgamento da constitucionalidade das conduções coercitivas no plenário do Supremo Tribunal Federal será retomado na próxima quarta-feira.

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