Pais e bebês prematuros devem ficar juntos, defende campanha
Ter um filho prematuro é uma experiência como poucas. Manoela da Rocha, moradora de Curitiba, é a mãe de Maria Helena. No dia 5 de abril de 2017, a menina veio ao mundo com apenas 28 semanas de gestação, 755 gramas e 33 centímetros. A mãe ou a viver uma montanha-russa de emoções, mas o acolhimento dos profissionais e outros pais a ajudou.
Assim como Manoela, muitos pais têm vivido essa. Segundo o Ministério da Saúde, em 2019, 11% dos partos foram de bebês prematuros. Em 2020, 11,3%, e, em 2021 o maior índice 12,2%.
Entre as causas do nascimento prematuro estão quadros de infecção e hipertensão na mãe, mas principalmente a falta de pré-natal adequado, como explica a pediatra e neonatolgista, Gislayne Nieto.
Após o parto, o acompanhamento da mãe, e de toda a família, ocorre junto com o bebê na UTI neonatal. Segundo a neonatologista, o período de internação pode durar até 4 meses. A alta depende de alguns critérios, como o peso, a idade gestacional e uma boa sucção do leite materno.
Dia 17 de novembro é o Dia Mundial da Prematuridade. A ONG Prematuridade.com, realiza desde o início do mês ações para lembrar o Novembro Roxo. E neste ano o destaque é para a importância de pais e bebês estarem juntos durante o período de internação.
A vice-diretora executiva da organização, Aline Henneman, diz que a prematuridade é um problema de saúde pública e apesar dos esforços realizados, o Brasil ainda precisa avançar nessa área.
Além da internação, o Sistema Único de Saúde tem programas de apoio para as fases posteriores do desenvolvimento do bebê prematuro. Segundo o Ministério da Saúde, o SUS faz todo o acompanhamento pré-natal e do bebê desde o nascimento até a alta qualificada, registro de nascimento e a caderneta da criança.




