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Direitos Humanos

Mapa tátil ajuda pessoas com deficiência em momentos de catástrofes

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Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional
19/04/2022 - 13:13
Brasília

Em situações de desastres naturais, é preciso agilidade no socorro e remoção de pessoas no caso de áreas afetadas pelas cheias por exemplo. Mas, e quanto às pessoas com deficiência, como cegos e surdos? O que acontece?

A UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso, em parceria com o Cemaden, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais ouviu pessoas com deficiência para criar alternativas de prevenção e de socorro em casos de desastres ambientais para esse público.

A coordenadora do estudo, Giselly Gomes, do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental da UFMT, conta que, depois de visitar casas e bairros de deficientes visuais em Cuiabá, foi criado um mapa tátil das áreas de risco para essas pessoas, e com a participação delas.

Giselly Gomes reforça que, além do telefone 190, os deficientes visuais não contam com um canal para pedir socorro. Ela aponta a necessidade de preparo dos técnicos da Defesa Civil de Cuiabá para ajudar esse público em situações de emergência.

O técnico-legislativo na Câmara Municipal de Cuiabá, Odenilton Junior, que é vice-presidente da Associação Mato-Grossense dos Cegos, relata que a cidade tem muitos córregos, ruas sem asfalto, baixo saneamento básico e áreas de alagamento. Ele se questiona se existe preparo para alertar e socorrer pessoas com deficiência.

Odenilton acrescenta que, além de políticas públicas previstas na Lei Brasileira de Inclusão, é preciso também uma comunicação específica voltada para pessoas com deficiência, como cegos e surdos. Uma sugestão dele é que haja radialistas especializados em comunicação para os cegos.

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