Violência contra mulher: casos levados à Justiça quase triplicaram
Quase dois mil casos de assassinato ou tentativa de homicídio de mulheres foram levados a julgamento no ano ado. O número é quase três vez o registrado em 2020, quando foram realizados 638 julgamentos para esse tipo de crime. Os dados são do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e foram divulgados nesta sexta-feira (1º).
Em 2020, foram registrados 560 mil novos casos de violência doméstica. Só de feminicídio foram 1.596. No ano ado, os registros de violência doméstica subiram para 630 mil; e os de feminicídio, para 1.900 novos casos. Um aumento de 5 mil para 6 mil processos de feminicídio em tramitação na justiça brasileira.
Entre os estados onde o feminicídio mais cresceu, proporcionalmente, estão Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Foram cerca de sete casos por cem mil mulheres. Segundo o CNJ, o aumento reflete o agravamento da violência durante o isolamento social.
Na Paraíba, 144% da demanda por atendimento em casos de violência doméstica foi atendida. No Maranhão, esse índice chegou a 132% no ano ado.
Segundo o responsável istrativo pela Coordenadoria Estadual da Mulher no Maranhão, Arthur Darub, diversas iniciativas do tribunal têm levado o debate tanto internamente quanto para o público externo.
Hoje, existem cerca de 145 varas exclusivas para os processos de violência doméstica no país. Antes da Lei Maria da Penha, só havia seis varas especializadas.






