Em Minas Gerais, candidatos que realizariam o Enem em 90 instituições ocupadas por estudantes, tiveram as provas reagendadas para o próximo mês.
O estado é o mais afetado pelo adiamento determinado pelo Ministério da Educação (MEC), que atingiu 405 instituições em todo o país.
Em Belo Horizonte, 29 locais de prova foram incluídos na lista divulgada pelo Ministério da Educação (MEC).
A data do exame para os candidatos afetados é 3 e 4 de dezembro.
Os estudantes ocupados protestam contra a Medida Provisória (MP) 746, que flexibiliza o currículo comum obrigatório do Ensino Médio no país, e contra a Proposta de Emenda Constitucional 55, que fixa um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos.
Candidatos que fizeram o Enem neste sábado (5), em Belo Horizonte, comentaram a decisão do Ministério da Educação (MEC).
Nesse primeiro dia de prova, os estudantes responderam a 90 questões de Ciências Humanas e Ciências da Natureza. Camila Dantas de Araújo Nascimento, de 21 anos, foi uma das candidatas que realizou o exame. Ela defende a ocupação dos estudantes e considerou o adiamento injusto pois permite que alguns candidatos tenham mais tempo para estudar.
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A estudante Clara Juliane, de 19 anos, também entende que outras medidas poderiam ter sido tomadas. Ela acha que o ideal seria mudar os locais das provas e adiar apenas em último caso. Mas diferente de Camila, Clara é contra as ocupações.
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Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde pelo menos 11 prédios estão ocupados, o Ministério de Educação (MEC) cancelou o Enem mesmo em edifícios que não havia ocupação, como a Biblioteca Central, a Faculdade de Odontologia, a Escola de Veterinária e o Centro Pedagógico.
A prova não foi aplicada em nenhum dos 18 prédios da UFMG previstos no exame.
A estudante de Letras, Isabella Célia Andrade, de 22 anos, participa das ocupações. Ela explica que os manifestantes não são contra o Enem.
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