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Cheia começa a baixar no Acre mas ameaça sul do Amazonas

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Graziele Bezerra
12/03/2015 - 12:21
Brasília

Quarente bairros de Rio Branco, no Acre, ainda estão alagados, apesar da vazante registrada nos últimos dias.

 

Quase duas mil pessoas, que estavam em escolas públicas, conseguiram retornar para casa, mas a Defesa Civil alerta que é preciso esperar a baixa completa do nível do rio, que ainda permanece dois metros e meio acima da cota de transbordamento.

 

Nessa quarta-feira (11) a presidenta Dilma Roussef esteve no estado, sobrevoou as áreas alagadas e visitou um ginásio onde mais de 600 pessoas estão alojadas.

 

Mas enquanto a situação no Acre começa a se estabilizar, no sul do Amazonas o cenário piora, como explica o secretario da Defesa Civil no Estado, Coronel Roberto Rocha.

 

"Nós temos uma confluência muito grande do Rio Acre, que vem de Rio Branco, que estava inundado a alguns dias atrás e essa água corre toda pra cá, para o Rio Amazonas, e nós temos principal, que é o Rio Purus, que vem direto das cordilheiras e esse rio também faz um represamento com o rio Acre, fazendo com que exista uma alagação mais dispersada.

 

Ainda segundo o coronel, o nível das águas no Amazonas só deve baixar no início de abril.

 

Em Boca do Acre, a mil quilômetros de Manaus, as aulas nas dez escolas públicas do município estão interrompidas, por tempo indeterminado, por causa das enchentes. Essa interrupção pode comprometer o ano letivo de três mil estudantes.

 

Uma dessas escolas serve de abrigo para cerca de 40 famílias. Todas as outras foram inundadas pela enchente que atinge a cidade.


O município decretou calamidade nesta semana. O coronel Roberto Rocha alerta que até o sistema de abastecimento de água foi interrompido no município.


"A estação de tratamento de água entrou em colapso, interrompendo o abastecimento de água, tanto na parte não alagada, quanto na parte alagada. Nós estamos em torno de 20 mil e 150 pessoas afetadas no município, o que calcula-se em torno de 5 mil e 122 famílias."


Em Porto Velho, Rondônia, o estado é de atenção. O nível do Rio Madeira está acima da cota de alerta, com quase 17 metros. Em alguns pontos da cidade o rio transbordou, desalojando dezenas de famílias ribeirinhas.

 

E a previsão para os dias é de chuvas, o que pode influenciar ainda mais a subida das águas. Segundo o Setor de Hidrologia do Serviço Geológico Brasileiro, o volume de chuvas na primeira semana de março foi duas vezes maior que a primeira quinzena de fevereiro.

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