A prefeitura do Rio de Janeiro entregou neste domingo (22) o campo de golfe que será usado nos Jogos Olímpicos de 2016.
A construção do novo campo de golfe em área de proteção ambiental na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, foi questionada pelo Ministério Público e por ativistas.
Com 18 buracos, dois lagos artificiais e capacidade para 15 mil espectadores, o local foi erguido através de uma parceria público-privada. A Fiori Empreendimentos Imobiliários pagou a obra, estimada em R$ 60 milhões, e, como contrapartida, o município permitiu a construção de condomínio de luxo com 22 torres de mais de 20 andares no terreno vizinho.
Durante a inauguração do campo de golfe, o prefeito Eduardo Paes afirmou que a parceria permitiu a economia de recursos públicos.
O Ministério Público Estadual abriu inquérito para investigar se o benefício concedido a empreiteira foi excessivo se comparado à contrapartida.
Ambientalistas também protestaram contra a construção do campo de golf. Para viabilizar o projeto, a área oficial do Parque Natural de Marapendi perdeu 58 mil metros quadrados. A prefeitura alega que a vegetação já estava degradada e que foram plantadas cerca de 650 mil mudas de plantas nativas.
No entanto, para o biólogo Marcelo Melo, participante do movimento "Golfe Para Quem?", a região estava em processo de recuperação.
O Ministério Público Estadual questiona na Justiça a construção do campo de golf. Eles defendem que a área de gramado seja reduzida e a vegetação nativa recuperada.





