Mãe de rapaz morto em supermercado no Rio nega tentativa de pegar arma de vigilante
A mãe do jovem Pedro Gonzaga, de 19 anos, morto por sufocamento em uma loja do supermercado Extra, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital, nesta terça-feira (19).
De acordo com a Polícia Civil, Dinalva de Oliveira, que estava no supermercado e presenciou o episódio, relatou ao delegado responsável pelo caso que o filho não tentou pegar a arma do vigilante Davi Amâncio, rebatendo a versão do segurança, que afirmou que esse teria sido o motivo do início da confusão que terminou com a morte de Pedro.
Ainda Segundo a Polícia Civil, Dinalva também disse que teria sido agredida por Davi com um empurrão, no momento em que tentou ajudar o filho. Ela afirmou ter ficado com o braço machucado e foi encaminhada para exame de corpo de delito. A denúncia de agressão também vai ser investigada.
Quem também prestou depoimento nesta terça-feira foi uma cliente do supermercado que testemunhou o fato.
De acordo com a Polícia Civil, a cliente afirmou que o segurança foi alertado diversas vezes para soltar o jovem, que já estava inconsciente e apresentando rouxidão, em decorrência do sufocamento.
Os relatos podem levar o delegado responsável pelo caso a indiciar David por homicídio doloso, que é quando há a intenção de matar. No momento, o segurança está autuado por homicídio culposo, sem intenção de matar.
Se isso ocorrer, os dois seguranças que presenciaram o episódio e nada fizeram para impedir a ação de Davi, também arão a responder por homicídio doloso. Por enquanto, os dois foram indiciados apenas por omissão de socorro.
E também nesta terça (19), o Supermercado Extra divulgou nota informando que decidiu rescindir o contrato com a empresa prestadora de serviços de segurança, independentemente dos resultados da investigação.
O Extra afirmou ainda que tem total interesse na apuração integral dos fatos e está colaborando plenamente com as autoridades, pautando-se pelos princípios da lealdade e busca total da verdade.
A rede de supermercados ainda reiterou sua solidariedade à família de Pedro Henrique e disse estar à disposição para um contato no tempo que os familiares considerarem adequado.





