Previdência: deputados e ministro Paulo Guedes travam discussão acalorada na CCJ da Câmara
Audiência pública para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência terminou do mesmo jeito que começou: em confusão.
Depois de ser provocado pelo deputado Zeca Dirceu, do PT, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reclamou de desrespeito e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Felipe Francischini, resolveu encerrar a reunião.
Por mais de seis horas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, respondeu às perguntas dos parlamentares na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, nessa quarta (4).
Paulo Guedes teve 30 minutos para uma fala inicial. Ele afirmou que o Brasil gasta dez vezes mais com aposentadorias do que com educação e destacou que a despesa que mais pressiona o déficit das contas públicas é a Previdência e que o sistema está condenado.
Ele comparou a Previdência a um avião com quatro bombas.
As propostas de Guedes foram questionadas pela oposição. O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon, do PSB, afirmou que o texto é injusto.
Para o ministro Paulo Guedes, o atual modelo de Previdência é uma fábrica de desigualdades. Ele defendeu a PEC enviada pelo governo, que, segundo ele, retira privilégios.
Sobre a proposta de mudança no texto do pagamento do Benefício de Prestação Continuada e reforma dos militares, Guedes respondeu que os parlamentares podem propor alterações no texto.
O ministro também recebeu apoio, como do deputado do PSL, líder do Governo na Câmara, Major Vitor Hugo.
A reforma está na primeira etapa da tramitação. É na CCJ que os deputados analisam se a PEC está de acordo com a Constituição.
Nesta quinta-feira (4), a CCJ recebe juristas para debater o texto.




