A Fiocruz recebeu nesta quarta-feira (02) dois bancos, um de células e outro de vírus, para a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) 100% nacional da vacina contra a covid-19. 
Os bancos são considerados "o coração", a base, para a produção do IFA e da vacina, e concretizam a transferência de tecnologia entre a instituição e a farmacêutica AstraZeneca, que am contrato nessa terça-feira (01).
O material, vindo dos Estados Unidos, desembarcou no Aeroporto Internacional do Galeão no Rio de Janeiro, pela manhã. A Fiocruz ainda vai receber outras remessas desses materiais, mas depois eles também poderão ser produzidos na Fábrica de Bio-Manguinhos.
Na prática, essa transferência de tecnologia está ocorrendo desde o ano ado. A fábrica de Bio-Manguinhos já ou por adaptações e adquiriu equipamentos para a incorporação da tecnologia. No entanto, ainda será preciso solicitar a alteração no registro da vacina, incluindo o novo local de fabricação do IFA.
A produção do IFA nacional a por uma série de etapas, que duram alguns meses. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, a presidente da Fiocruz Nísia Trindade reafirmou que com essa transferência, a Fundação ganha autonomia na produção da vacina.
A previsão é que as primeiras doses 100% nacionais da vacina contra a covid 19 sejam entregues em outubro ao Programa Nacional de Imunizações. O diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Mauricio Zuma, justificou a redução da estimativa de produção de 110 milhões de doses com o IFA nacional ainda este ano, mas garantiu que no segundo semestre a instituição vai entregar cerca de 100 milhões de doses do imunizante.
Nesta semana, a Fiocruz deve alcançar a marca de 50 milhões de doses entregues ao Ministério da Saúde, incluindo 4 milhões de doses prontas da vacina do Instituto Serum, da Índia. De acordo com a Fundação, com o IFA já em estoque na fábrica de Bio-Manguinhos, estão garantidas outros 18 milhões e meio de doses com entregas semanais até o dia três de julho.
