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Segurança

Rio registra mais um ataque a candidato a eleição

Vereador foi atingido de raspão na cabeça
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Raquel Junia
03/11/2020 - 12:49
Rio de Janeiro

A Polícia Civil investiga um atentado a tiros que teria como alvo o vereador Zico Bacana, do Podemos, candidato à reeleição no Rio de Janeiro, e que deixou outras duas pessoas mortas. O vereador foi atingido de raspão na cabeça e chegou a ser levado para o hospital, mas já teve alta e a bem.

Ele e assessores estavam em um bar no bairro de Anchieta, na zona norte do Rio, depois de atividades de campanha nesta segunda-feira (02), quando foram atingidos. Segundo o vereador, homens em dois carros efetuaram os disparos.

De acordo com a Polícia Militar, as equipes do 41º Batalhão de Polícia foram acionadas para checar uma ação envolvendo disparos de arma de fogo na Estrada do Engenho Novo, e quando chegaram ao local foram encontrados cinco homens atingidos, entre eles estava o vereador.

Três vítimas foram levadas para o Hospital Estadual Carlos Chagas, além de Zico, os assessores Douglas Santana e Magno Matos, que também já tiveram alta. Outros dois homens baleados, ainda segundo a PM, já estavam mortos quando os agentes chegaram.

A Delegacia de homicídios da Capital investiga o caso e ouviu o vereador ainda na madrugada desta terça-feira (03). A Polícia Civil informou que realiza diligências em busca de informações que ajudem a identificar os autores do crime. A identidade das duas pessoas que morreram durante a ação ainda não foi divulgada.

Pelas redes sociais, a assessoria de imprensa do vereador informou que ele foi vítima de um atentado, mas que a bem e agradeceu as mensagens de apoio. Zico é ex policial militar e está no primeiro mandato na Câmara dos Vereadores. Ele foi citado no relatório da I das Milícias da Alerj como tendo envolvimento em um grupo miliciano com atuação na região de Guadalupe, também na zona norte do Rio.

As situações de violência envolvendo candidatos e políticos no Rio de Janeiro nessas eleições municipais motivou a criação de uma força-tarefa por parte da polícia civil para garantir segurança durante a campanha eleitoral.

Na semana ada, uma cabo eleitoral foi assassinada em Magé, na região metropolitana do Rio. Em outubro, dois candidatos a vereador também foram mortos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Esses candidatos também tinham relações documentadas com grupos milicianos.

O candidato a vereador pelo PTC Mauro Miranda, morto em uma padaria, no dia 1º de outubro, também foi citado na I das Milícias da Alerj. A outra vítima de ataque, Domingos Barbosa Cabral, de 57 anos, disputava um cargo de vereador pelo Democratas, e no último dia 10 foi alvo de vários homens encapuzados.

Domingos tem agem pela Polícia por porte de arma e é irmão de um PM acusado pelo Ministério Público chefiar uma milícia.

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